Gosto de refletir sobre este assunto e ao longo dos meus 26 anos de idade acredito que tenho experiências interessantes e visões pouco convencionais sobre relacionamentos afetivos, baseados na própria vivência, mas também fundamentados em estudos de psicólogos e psicoterapeutas famosos mundialmente como Robert A. Johnson que irei citar no texto.
Com minhas expansões de consciência e estudos científicos, fui percebendo que dentro de mim habitam outros personagens, como o Ego, que já falei em textos anteriores e também a minha "ânima" que irei apresentar-lhes agora.
Johnson, autor de "She - A chave do entendimento da psicologia feminina" "He" e "We" explica através de conceitos Junguianos que homens e mulheres possuem dentro de si personagens com características sexuais contrárias, a "ânima" no homem reflete aspectos femininos e o "ânimus" na mulher aspectos masculinos, ambos influenciam muito no comportamento de cada indivíduo.
Para ficar mais claro, imaginem aqueles homens grosseiros e estúpidos que cavalgam por aí, sem um pingo de percepção, gentileza ou suavidade. Estes amarraram suas ânimas em um porão escuro e sem acesso, também não é difícil encontrarmos mulheres que mais parecem tanques de guerra prontas a lançar um míssil na direção do primeiro homem que passar.
Observando o comportamento da minha ânima fui percebendo que ela era muito ciumenta, ansiosa, vaidosa, sensível e vingativa (rs) e em várias situações tive problemas com isso, principalmente em relacionamentos afetivos, eu não entendia porque de uma hora para outra a gata que eu estava ficando sumia, ou eu entrava em algumas roubadas, fantasiava coisas sobre alguém que não tinha nada ver... etc. Pura armação da minha ânima (rs).
Mas na verdade ela (a ânima) tinha razão, pois eu não dava a mínima para ela, nem sabia que existia, mesmo estando na minha própria personalidade, eu sempre estava olhando para fora empurrando a culpa dos meus relacionamentos frustrados para as outras pessoas, o horóscopo, previsão do tempo sei lá (rs).
Da mesma forma que eu já havia feito com meu Ego, resolvi então negociar com minha ânima e a proposta foi a seguinte: Ela deixaria de ter cíumes das mulheres que eu me interessasse, diminuiria sua ansiedade e nunca mais seria vingativa, em troca eu daria mais atenção para ela e sua sensibilidade, vaidade e suavidade dentro de mim. Acordo fechado, notei no primeiro relacionamento uma grande diferença e tive um namoro muito feliz por um bom tempo, que acabou, mas de forma suave, sem traumas ou ressentimentos, somente gratidão pelo aprendizado, de lá para cá tive outros relacionamentos, casos, paqueras e lances, tudo foi muito melhor, minha ânima se tornou sociável e eu uma pessoa melhor.
Achei legal o seu post, a anima realmente é um aspecto maravilhoso e terrível para um homem...acho interessante pois a medida que vamos nos conscientizando vamos "des" projetando os afetos (no sentido de afetado mesmo) da pessoa real de um relacionamento e tornando possível se relacionar com essa pessoa, não com a nossa projeção de anima...se eu só projeto a minha anima numa mulher eu nunca enxergo essa mulher e sou sempre dominado pela anima (nao é comum falarmos em "estado anímico"? "mau humor" "apaixonado"?)... a paixao nada tem a ver com amor mas sim com o relacionamento com a anima projetada...se eu estou apaixonado ( em paixão, em sofrimento, em dependencia) é pq é projeção de conteúdos internos do afeto e não a pessoa real...outra parte legal foi que Jung categorizou 4 níveis de anima no homem: conforme o nível afetivo que cada um tem/se encontra é o nível da mulher que ele procura...parabéns pelo post espero de alguma forma ter contribuído e que o assunto vire um assunto normal da roda de amigos...
ResponderExcluirEsqueci de sugerir um livro que nao é muito barato mas é uma pechinha pelo conteúdo que tem: "O Homem e seus Símbolos" de Jung...vale muito mas muuito a pena
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